Tentamos mas nada, uma agonia tão grande, quase um desespero para encontrar um rapaz que aceitasse nossos termos.
Muitos conhecidos, poucos comprometidos e interessados em ajudar, alguns diziam que não dariam um filho assim sem poder acompanhar a criação, outros com receio de pedirmos pensão, outros com medo de virar pai do nada e tentar a guarda da com criança, enfim a lista foi se reduzindo e ficamos sem nenhuma opção.
Decidimos colocar um anuncio na internet num site que achei depois de muita pesquisa na tentativa de encontrar o doador, foi com seguinte anúncio que comecei receber e mails de interessados:
"Busco doador de Semen no Rio de Janeiro, somos um casal de Lésbicas com relação estável de mais de 5 anos,
possuímos ensino superior, vida financeira e emocional estável. Buscamos um doador saudável, sem vícios, até
40 anos, não haverá relação sexual somente a doação do semen para
inseminação caseira. Descartamos curiosos e pessoas sem seriedade. Desde já agradecemos os reais
interessados. Pagamos exames médicos.
Quem puder nos ajudar a realizar nosso sonho será muito abençoado.
Agradecemos desde já.
Deixe seu e mail e entraremos em contato o mais rápido possível."
(O site do anúncio foi: inforum.com.br)
"Busco doador de Semen no Rio de Janeiro, somos um casal de Lésbicas com relação estável de mais de 5 anos,
possuímos ensino superior, vida financeira e emocional estável. Buscamos um doador saudável, sem vícios, até
40 anos, não haverá relação sexual somente a doação do semen para
inseminação caseira. Descartamos curiosos e pessoas sem seriedade. Desde já agradecemos os reais
interessados. Pagamos exames médicos.
Quem puder nos ajudar a realizar nosso sonho será muito abençoado.
Agradecemos desde já.
Deixe seu e mail e entraremos em contato o mais rápido possível."
(O site do anúncio foi: inforum.com.br)
Muitos pretendentes apareceram, alguns visivelmente mal intencionados, outros curiosos, e nada de achar uma pessoa que nos inspirasse confiança.
Falamos com tantos conhecidos, até que o pai do sobrinho neto da Cláudia aceitou nos ajudar, a sobrinha dela não tinha nenhum relacionamento afetivo com ele, foi um namoro de meses e acidentalmente ela engravidou e inclusive quando o GUI nasceu percebi o lado mãe da Cláudia aflorar discretamente, percebi o carinho, o cuidado e a atenção que ela tentou dar a ele, a sobrinha disse que não seria problema o rapaz doar já que não estavam juntos a algum tempo, fizemos os exames de sangue e no dia programado para ovular de acordo com uma tabela da internet ele veio com ela e o filho.
Que alegria! Eu finamente ia ser mãe, pelo menos era o que eu acreditava fielmente.
Dia 05 de janeiro de 2012, eu estava muito nervosa, inseminamos dia 05, 07 e 08.
Agora na minha cabeça era só esperar o positivo para comemorar.
Os dias pareciam eternos, eu contava as horas para terminar mais um dia e fazer o teste, a ansiedade era tanta que eu mal dormia.
Dia 20 eu esperava a menstruação não vir e ela não veio, que alegria! Dia 21, 22, 23, 24 sem menstruação, no dia seguinte decidi fazer o exame de sangue, estava radiante, afinal aquele atraso só podia significar uma coisa.
A essa altura senti a Cláudia mais interessada e já puxava assunto sobre o bebê.
Mas minha alegria não durou muito, de madrugada fiquei menstruada e chorei sozinha no banheiro, até porque sabia que aquelas lágrimas ainda não podiam ser compreendidas pela Cláudia.
Eu achava que o lado bom de tudo era que já tínhamos o doador e dentro de alguns dias poderia tentar novamente.
Foi então que li sobre o teste de ovulação e achei mais assertivo tentar da próxima vez fazendo uso do teste.
Esperança não me faltava!