Sendo eu mesma para ser feliz

Desde muito nova me sentia diferente por me encantar por meninas e não por meninos como a maioria das minhas amigas, na tentativa de me incluir no dito normal, tentei em vão me relacionar com o sexo oposto, mas nunca me senti bem e quando saí de casa e consegui minha independência fui tentar ser eu mesma, não foi fácil mas hoje posso dizer que valeu a pena, viver uma vida falsa e tentar se encaixar para agradar os outros é ser infeliz.  

Depois de um ano juntas decidi contar para minha família sobre nosso relacionamento, antes já havia morado com uma companheira por 5 anos, mas nem eu nem ela contamos para nossas famílias, depois um relacionamento rápido de menos de um ano, até que conheci a Claudia.

Passamos por momentos difíceis quando decidi contar sobre nós duas, uma verdadeira batalha, toda família me apoiou mas minha mãe ficou indignada, revoltada e sofremos muito, foi muito decepcionante para ela e eu confesso que me faltou habilidade para lidar melhor com a situação.

As coisas melhoraram mas nunca voltou a ser como antes, evangélica fanática e cheia de sonhos para a única filha foi um baque e tanto.

Com a chegada do Lorenzo ela se tornou menos dura, crítica e revoltada, é visível a alegria e o encantamento quando está com ele, ela sempre quis ser avó e mesmo de um jeito diferente do que ela gostaria não interferiu no amor que ela tinha guardado para o neto, eu fico muito feliz quando a vejo tão amorosa e cuidadosa com ele.

Mas como o "meu" sonho de ser mãe se tornou o sonho da Claudia?

Em breve...